Quais os tipos de neuroses e causas?

Os tipos de neuroses não podem ser confundidos com as psicoses, porque não têm uma ruptura com a realidade. Outro ponto é que os indivíduos neuróticos possuem grandes apreensões em relação a tudo à sua volta. Além disso, são emocionalmente vulneráveis e não reagem bem a mudanças ou críticas. Portanto, continue a leitura e tire todas as suas dúvidas sobre os tipos de neuroses e suas causas!

Quais os tipos de neuroses e causas?

Quando se trata de tipos de neuroses, é importante entender primeiramente o que é uma neurose. Segundo especialistas, a neurose é “um transtorno mental que não atinge as funções essenciais da personalidade, mas a pessoa é dolorosamente consciente”. Seja ansiedade, fobia, compulsão ou dores somáticas, aquele que sofre não nega seu caráter patológico. Vale mencionar que a psicose se diferencia da neurose, já que na psicose, o paciente não tem consciência dos seus problemas e perde o contato com a realidade. Veja então os principais tipos de neuroses:

Neurose ansiosa

Esse é um tipo de neurose que faz parte do transtorno de ansiedade generalizada. É caracterizada por uma preocupação excessiva, ataques de pânico, sintomas físicos como tremores, palpitações e sudorese.

Neurose depressiva

Difere da própria depressão porque esse tipo de neurose ocorre apenas como uma reação a uma situação, na qual a pessoa reage com um comportamento que apresenta todos os sintomas de depressão, muitas vezes acompanhados de um alto grau de agressividade.

Neurose obsessiva-compulsiva

A neurose obsessiva-compulsiva está ligada ao transtorno obsessivo-compulsivo – TOC. É caracterizada por pensamentos intrusivos, atitudes e comportamentos que são repetidos várias e várias vezes, como verificar se a porta está fechada, tomar vários banhos no dia… e tudo isso pode causar estresse.

Neurose de guerra ou de combate

Mais conhecido por estresse pós-traumático, caracterizado pelo estresse excessivo e a incapacidade de seguir com a rotina depois de vivenciar eventos traumáticos, como um acidente, violência ou agressão, por exemplo.

Neurose fóbica

A neurose fóbica também faz parte dos tipos de neuroses, e é marcada por um medo desproporcional, geralmente medo de algo que não representa perigo.

Neurose histérica

Por fim, a neurose histérica, e apesar de ser resultante da ansiedade também, o transtorno é somatizado. Isto é, a pessoa começa a apresentar sintomas físicos para externalizar seu problema emocional.

Causas dos tipos de neuroses

A origem dos tipos de neuroses resulta de vários fatores, que envolvem fatores sociais e ambientais, ou biológicos e genéticos. Entretanto, a maneira como se entende as causas da neurose sofreu variações ao longo do tempo. No início, de acordo com a teoria psicanalítica, Freud considerava que a neurose era  devido a um conflito entre o nosso lado consciente e o nosso lado inconsciente. Ele defendia que havia um conflito entre o nosso “eu” racional e as nossas vontades instintivas e impulsivas. Outra teoria sobre as origens dos tipos de neurose remete-a para a infância, sendo que o desequilíbrio emocional típico da neurose seria em razão de eventos que ocorreram na infância. Ou seja, as situações, memórias e emoções que reprimimos para nos protegermos, poderiam dar origem à neurose. Assim, quando a pessoa passa por uma situação negativa que afeta o seu equilíbrio emocional, pode tentar substituir esses traumas do passado por uma algo mais satisfatório e prazeroso. Sendo assim, os tipos de neuroses podem ter causas variadas, sendo essencial analisar caso a caso e propor então o tratamento mais adequado.

Conheça os principais sintomas da neurose

Embora existam diferentes tipos de neuroses, alguns sintomas estão presentes em vários deles, tais como:
  • Instabilidade emocional;
  • Ansiedade;
  • Pensamentos repetitivos e obsessivos;
  • Apreensão em excesso;
  • Tendência a ter mais emoções negativas;
  • Irritabilidade;
  • Raiva;
  • Baixa autoestima;
  • Encarar as situações do dia a dia como ameaçadoras;
  • Incapacidade de lidar com o estresse;
  • Humor depressivo.
Como já foi dito, a pessoa que sofre de neurose tem consciência de tudo isso, mas não consegue sair da situação.

Qual a diferença entre neurose e psicose?

É normal confundir neurose com psicose, mas entender a diferença entre elas é indispensável para separar as doenças psiquiátricas daquelas que não são. A neurose e psicose são doenças bem distintas: Uma pessoa que sofre de psicose não tem consciência de sua doença, ela não percebe seus problemas, ela não está na realidade e nem pede ajuda. Ao contrário, uma pessoa neurótica tem consciência de sua doença, não há ruptura com a realidade e ela pede ajuda. Nesse sentido, os tipos de neuroses são como uma solução adaptada pelo sujeito para lidar com as dificuldades que ele enfrenta na sua relação com o mundo exterior. Por outro lado, as psicoses são muito graves, alterando gravemente a realidade.

Como tratar as neuroses

Agora que você já conhece os principais tipos de neuroses, como tratar? Um dos tratamentos mais indicados para tratar a neurose é por meio de psicoterapia. Em casos mais graves, é possível também um tratamento medicamentoso, com o uso de antidepressivos e ansiolíticos. Visto que é um problema mental, durante a terapia, ao identificar a causa do problema, é o caminho para o processo de cura. As causas podem ser íntimas e relacionadas com a infância e por isso o tratamento precisa ser mais profundo e com mais cuidado. O ideal é que se comece a tratar aos primeiros sintomas porque os casos mais graves são mais lentos e causam mais problemas. Hoje em dia, muitos pacientes têm buscado clínicas de reabilitação para dependentes para tratar suas neuroses. Por exemplo, a clínica de recuperação sp disponibiliza um tratamento multidisciplinar, com resultados bastante satisfatórios, já que o paciente é abordado na sua globalidade. Enfim, além do tratamento medicamentoso, é recomendado ter um acompanhamento psicológico, já que melhora a gestão do estresse. A terapia cognitivo comportamental é uma das mais utilizadas, pois permite substituir os esquemas de pensamentos negativos. Portanto, um acompanhamento adaptado possibilita sair mais rapidamente do estado neurótico, para então encontrar o equilíbrio mental e pessoal.

Conclusão

Mesmo havendo vários tipos de neuroses, o que eles têm em comum é que a pessoa tem consciência que está doente e não perdeu o contato com a realidade. No entanto, seja qual for o tipo, é essencial buscar tratamento especializado, e a abordagem terapêutica vai depender da gravidade da neurose.

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