Quais os riscos de suspender medicação psiquiátrica

A medicação psiquiátrica não pode ser suspensa de forma brutal, caso contrário, as consequências podem ser muito sérias. Como são medicamentos que agem no funcionamento do cérebro, sua diminuição ou retirada deve ser gradual e sempre sob supervisão médica. A boa notícia é que os medicamentos psicotrópicos evoluíram bastante nos últimos anos, e até nas doenças mais graves, permitiu reduzir o tempo de internação. Para você entender os riscos que envolvem a suspensão da medicação psiquiátrica, assim como saber para que serve, qual o mecanismo de ação, continue a leitura e confira!

Medicação psiquiátrica para que serve?

De uma maneira bem simples, o objetivo da medicação psiquiátrica é fornecer um efeito terapêutico que alivia e reduz os sintomas da doença e melhora a qualidade de vida do paciente. A saúde mental é um estado de bem-estar indispensável para estar em boa saúde. Porém, a nossa saúde mental pode ser afetada por uma doença física e/ou psíquica. Por consequência, pode surgir problemas como a ansiedade, depressão, esquizofrenia e outros transtornos mentais. Nesse sentido, para ajudar a controlar seus sintomas, existem diversos tratamentos, como a terapia e a medicação psiquiátrica. No entanto, o medicamento produz diferentes efeitos e às vezes, até “indesejáveis”. Por isso, a boa gestão desses efeitos necessita de um acompanhamento regular e rigoroso pelos profissionais de saúde.

Qual é o mecanismo de ação da medicação psiquiátrica?

A medicação psiquiátrica, ou seja, os medicamentos psicotrópicos permitem tratar inúmeras doenças psíquicas. Seu objetivo é aliviar o sofrimento da pessoa e atenuar seu problema. Para isso, eles agem no sistema nervoso central, modificando certos processos bioquímicos e fisiológicos do cérebro. No entanto, esses medicamentos, assim como outros tratamentos, podem gerar efeitos secundários e uma dependência. Por isso, só podem ser prescritos por orientação médica, e somente após o diagnóstico é que o médico pode determinar qual melhor medicação psiquiátrica, dosagem e tempo de tratamento.

Quais são os principais medicamentos para tratar doenças mentais?

Listamos, a seguir, as principais categorias de medicação psiquiátrica e algumas de suas indicações:
  • Antidepressivos: após algumas semanas de tratamento, os efeitos adversos geralmente desaparecem;
  • Antipsicóticos ou neurolépticos: são indicados em problemas como a esquizofrenia e alguns transtornos comportamentais;
  • Ansiolíticos: para tratar ansiedade, síndrome de pânico ou fobias;
  • Reguladores do humor: úteis para tratar a bipolaridade.
Vale destacar que o uso prolongado de medicamentos psicotrópicos modifica a regulação do cérebro pelos neurotransmissores.

Quais os riscos de suspender a medicação psiquiátrica?

Suspender a medicação psiquiátrica de forma brutal e sem acompanhamento médico, pode ter várias complicações. No caso de interromper no início do tratamento, obviamente que o medicamento não terá o efeito terapêutico desejado. Lembrando que, um psicotrópico leva um tempo até começar a agir no cérebro, ou seja, reajustar seu funcionamento. Ou seja, o cérebro não teve tempo de encontrar seu equilíbrio anterior. Sendo assim, nessa fase inicial, o paciente geralmente não percebe nenhuma alteração. Outro risco de interromper a medicação psiquiátrica é o que chamamos de efeito rebote, marcado por uma piora dos sintomas. Por exemplo, se a pessoa faz uso de um ansiolítico de forma contínua e de uma hora para outra parar de tomar, é grande a chance de ficar ainda mais ansiosa. Portanto, ao suspender os medicamentos, a pessoa pode apresentar alguns sintomas, tais como:
  • Tonturas;
  • Náuseas;
  • Irritabilidade;
  • Alterações de humor;
  • Insônia;
  • Explosões de choro;
  • Elevação da pressão arterial;
  • Dores de cabeça.
Tais sintomas variam de um medicamento para outro, porém, alguns deles, como os anticonvulsivantes, a pessoa pode apresentar complicações mais sérias. Por exemplo, alucinações, aumento do ritmo cardíaco, convulsões, confusão mental, e inclusive, risco de morte. Consequentemente, tratar a abstinência envolve voltar ao início do tratamento, e no período das primeiras 24 horas, o paciente já começa a sentir um certo alívio nos sintomas. Portanto, em razão desses riscos, a interrupção da medicação psiquiátrica deve ser feita gradualmente, sobretudo no caso de alguns psicotrópicos. Dessa forma, a diminuição progressiva da dosagem diária permite restabelecer rapidamente uma posologia eficaz em caso de recaída e limitar as manifestações ligadas a uma dependência física.

Como funciona o desmame da medicação psiquiátrica?

Primeiramente, o desmame da medicação psiquiátrica deve seguir todo um protocolo, e nunca por conta própria. Ao reduzir gradativamente a dosagem do medicamento, é possível parar de usar sem sentir os efeitos desagradáveis. Saiba que os psicotrópicos permanecem no corpo menos de 24 horas, isto é, possuem meia-vida curta. É por isso que se o medicamento for suspenso de forma abrupta, os níveis do medicamento despencarão no seu corpo, e é isso que causa os sintomas desagradáveis. Segundo os protocolos, o desmame deve ser feito de forma gradual, onde a dosagem é diminuída lentamente. O mais importante a ter em mente que a suspensão de uma medicação psiquiátrica envolve muitos riscos, e não pode ser feita sem acompanhamento médico.

Importância da psicoterapia no tratamento de doenças mentais

Juntamente com a medicação psiquiátrica, a psicoterapia é altamente recomendada para tratar doenças mentais. Ao criar um ambiente de empatia e de aceitação, o terapeuta pode ajudar a pessoa a identificar a fonte de seus problemas e buscar soluções para abordá-los. A consciência emocional e a introspecção que a pessoa adquire pela psicoterapia leva a uma mudança de atitude e comportamento, lhe permitindo ter uma melhor qualidade de vida. Na verdade, a psicoterapia é eficaz em diversas situações, mesmo as pessoas que não sofrem de um problema mental podem tirar proveito da psicoterapia. Vale ressaltar que a terapia individual, em grupo e familiar é amplamente utilizada em tratamento de dependência química e alcoólica, e não é por acaso que as taxas de sucesso são significativas na clínica de recuperação sp. Dessa forma, pode ajudar o paciente a aprender novos comportamentos e identificar o que o levou a usar a droga ou o álcool, por exemplo.

Conclusão

Conhecendo agora todos os riscos associados à suspensão da medicação psiquiátrica, lembre-se que essa interrupção só pode ser feita sob supervisão médica. Portanto, se você faz uso de algum medicamento psicotrópico, converse sempre com seu médico antes de parar, pois ele vai dar as orientações para que esse processo ocorra da melhor maneira possível!

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