Dependente químico pode ser demitido: Saiba aqui!

Muitas empresas ainda pensam que dependente químico pode ser demitido, mas estão totalmente equivocadas. Uma vez que a dependência química é uma doença, os trabalhadores dependentes não podem ser dispensados. Por isso que é tão importante buscar o máximo de informações quando se trata de uma dependência química, a fim de evitar decisões legalmente erradas. Portanto, continue a leitura e saiba mais se dependente químico pode ser demitido, o que diz a lei e como as empresas devem agir!

Dependente químico pode ser demitido?

Uma dúvida comum é se dependente químico pode ser demitido, e a resposta é NÃO! Simplesmente porque problemas ligados ao álcool ou drogas devem ser considerados como problemas de saúde e tratados sem discriminação, assim como qualquer outro problema de saúde. Saiba que a lei proíbe qualquer tipo de discriminação em relação a um dependente químico, e como a dependência é considerada uma doença, a pessoa tem direito a se afastar e se tratar. A legislação brasileira dispõe que se for constatada a dependência química, o funcionário deve ser afastado do trabalho por motivo de doença – e não por qualquer forma punitiva – devendo receber do empregador o pagamento dos 15 primeiros dias decorrentes do afastamento. A partir do 16º dia, o trabalhador passará a receber o auxílio-doença do INSS, ao longo do seu tratamento. Ainda na questão de dependente químico pode ser demitido, saiba que não é raro ver a Justiça do Trabalho determinar a reintegração de dependentes químicos demitidos durante tratamento médico. Principalmente quando houve a suspensão do contrato de trabalho enquanto estava em vigor o benefício previdenciário, bem como condenando a empresa no pagamento de indenização por dano moral.

Como reconhecer sinais de uma dependência no trabalho

É importante identificar os sinais de um consumo problemático de álcool ou drogas, e a partir daí, os gestores pensarem em como ajudar seu ou seus colaboradores. Sendo assim, antes de cogitar a hipótese que dependente pode ser demitido, é necessário reconhecer os sinais de dependência e ter a consciência bem clara que se trata de uma doença. Veja alguns desses sinais:
  • Humor: o funcionário pode apresentar irritabilidade, depressão, desconfiança, mudança de comportamento após a pausa do almoço ou mesmo entre os intervalos durante o dia;
  • Aparência: má higiene, ganho ou perda de peso, tremores das mãos, roupas inadequadas, problema de elocução, olhos vermelhos;
  • Rendimento no trabalho: baixo rendimento, trabalho de má qualidade, problemas de concentração, dificuldade na tomada de decisões, atrasos e faltas frequentes, uso inapropriado dos equipamentos;
  • Relações interpessoais: recusa a colaborar, não saber escutar, comportamento acusador, problemas em casa.
Lembrando que cada um desses sintomas não explica necessariamente o uso abusivo de álcool ou drogas. Uma doença mental ou física, um acúmulo de estresse ou a insônia podem apresentar sintomas semelhantes. No entanto, uma vez identificados estes sinais suspeitos, cabe ao empregador encaminhar o funcionário para o médico do trabalho ou assistente social e, no contexto organizacional, oferecer ajuda.

O dependente químico está causando prejuízos à empresa, posso demiti-lo?

Muitas pessoas se perguntam se o dependente químico pode ser demitido no caso de causar prejuízos à empresa por conta de sua dependência. Antes de mais nada, vale relembrar o que diz a Organização Mundial de Saúde – OMS, sobre dependência química: Dependência química é um “estado caracterizado pelo uso descontrolado de uma ou mais substâncias químicas psicoativas com repercussões negativas em uma ou mais áreas da vida do indivíduo.” Portanto, é uma doença caracterizada por compulsão, onde o indivíduo perdeu sua capacidade de discernimento. Diante da gravidade da situação, o mais recomendado é encaminhar o trabalhador para um tratamento, acolhendo o colaborador e oferecendo todo o suporte. A questão é quando o funcionário não segue o tratamento, e é aí que a empresa acredita que o dependente químico pode ser demitido. Antes de tomar qualquer decisão, o melhor é consultar um advogado da área, uma vez que a dispensa pode ser considerada como uma ação discriminatória, e nesse caso, a empresa pode ter uma série de problemas.

Como lidar com trabalhadores dependentes químicos?

Agora que você já tem conhecimento sobre a questão sobre dependente químico pode ser demitido, isto é, que ele não pode ser dispensado, veja como a empresa deve lidar com trabalhadores dependentes químicos. Se você é gestor de uma empresa, é de extrema importância adotar uma postura proativa, e não achar que a única solução é conceder a licença e o afastamento do funcionário. É claro que ele precisa de tempo para se tratar, mas as ações da empresa vão muito além. O incentivo a um estilo de vida saudável e programas de conscientização devem fazer parte da rotina da organização. Promover palestras com profissionais para mostrar aos funcionários os malefícios das drogas ou álcool faz toda a diferença. Um outro ponto que deve ser abordado é passar a informação de que a internação em uma clínica de recuperação sp não pode ser descartada, especialmente em situações graves. No entanto, é importante mostrar que quanto antes for iniciado o tratamento, mais rápida será a recuperação, logo, mais rápido será a volta ao trabalho. Se após a avaliação médica, houver a indicação, o funcionário pode ser encaminhado à internação e acompanhamento por grupos de apoio, psicólogo e também por psiquiatra para garantir seu processo de recuperação. É importante ter em mente que a dependência química no trabalho não tem apenas repercussões no ambiente de trabalho, mas quem sente mais os prejuízos são os próprios trabalhadores. Nesse contexto, toda a equipe do ambiente corporativo será fundamental para promover uma melhor qualidade de vida a todos, que foi afetada devido ao uso abusivo de substâncias.

Conclusão

Sabendo agora tudo o que envolve dependente químico pode ser demitido, também viu a importância da empresa ficar atenta a possíveis sinais de dependência e agir de forma proativa. Vale lembrar novamente que a dependência química é uma doença, onde o trabalhador tem todo o respaldo da lei, não apenas na questão de demissão, mas também ter acesso ao tratamento adequado. As empresas precisam estar preparadas para lidar com esse tipo de problema, e dar apoio e tratamento ao funcionário é a solução mais acertada.

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