Ainda existem dúvidas de como fazer o
procedimento para internação involuntária, principalmente quanto aos requisitos necessários.
No entanto, esse é um tipo de internação indicada quando o dependente coloca em risco sua vida ou a de terceiros.
Apesar de algumas pessoas pensarem que é uma decisão extremamente radical, por ser contra a vontade do paciente, em situações críticas é, sem dúvida, a solução mais acertada.
Se você está passando por um caso de dependência na sua família e ainda tem dúvidas de como fazer o
procedimento para internação involuntária, continue a leitura e confira!
Como fazer o procedimento para internação involuntária?
É comum haver dúvidas de como fazer
procedimento para internação involuntária, principalmente se é uma medida legal ou não.
Antes de tudo, saiba que é um tipo de internação respaldada pela lei, em que familiares ou responsáveis legais podem pedir a internação.
Houve uma alteração na lei em 2019, e além da família ou responsável legal, a internação involuntária pode ser solicitada por servidor público da área de saúde, de assistência social ou de órgãos públicos integrantes do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad).
Esta internação terá duração máxima de 90 dias, que é o tempo previsto para o processo de desintoxicação.
Entretanto, pode haver uma variação, dependendo do tipo de droga, o padrão de consumo e quando outros tratamentos já foram feitos, mas não obtiveram resultado.
Vale mencionar que tanto a internação quanto a alta deverá ser informada ao Ministério Público, à Defensoria Pública e a outros órgãos de fiscalização do Sisnad em 72 horas.
Voltando para o
procedimento para internação Involuntária quando solicitado pela família, é necessário encontrar uma clínica especializada e que trabalhe com internações involuntárias.
Após escolher a clínica, o paciente deve ser avaliado por um médico especializado a fim de comprovar que não tem capacidade de decisão e que está em risco, e então atestar a necessidade da internação contra sua vontade.
O ideal é que a internação seja voluntária, ou seja, a decisão parta do próprio dependente, pois essa motivação faz toda diferença no seu processo de reabilitação.
Contudo, quando a situação já saiu do controle, onde a saúde física e mental da pessoa está seriamente comprometida, sem dúvida, a internação voluntária é a melhor solução.
Outro fator relacionado ao
procedimento para internação involuntária é que os familiares ou responsáveis legais podem, a qualquer momento, pedir a interrupção do tratamento e solicitar a alta do paciente.
Na verdade, o ideal é que o médico que acompanha o paciente na
clínica de recuperação sp determine a alta, pois é capaz de determinar se ele está apto a retomar o controle de sua vida.
Internação involuntária o que é?
Mesmo sabendo quais os requisitos para o
procedimento de internação involuntária, é importante reforçar o que é uma internação involuntária.
Como o nome já sugere, é uma internação feita contra a vontade do paciente, muitas vezes porque ele não admite que está doente e afirma que tem o poder de parar quando desejar.
Entretanto, isso é uma ilusão, uma vez que não tem mais capacidade de discernimento, além de não ter consciência de todos os prejuízos que a droga causou na sua vida e na de outras pessoas.
E é justamente quando chega a esse ponto que ele pode assumir comportamentos que colocam sua vida e a de terceiros em perigo.
Por mais que o
procedimento para internação involuntária possa parecer um desrespeito aos direitos e vontade do dependente, tenha em mente que é a única maneira de salvaguardar sua vida.
Internação involuntária x compulsória: qual a diferença?
Tanto a internação involuntária quanto a compulsória são contra a vontade da pessoa, porém, apresentam algumas diferenças.
Enquanto a internação compulsória é solicitada mediante decisão judicial, o
procedimento para internação involuntária ocorre por solicitação da família ou responsável legal, mediante um laudo médico atestando a necessidade da internação.
Outra diferença entre ambas as internações se refere ao fim do tratamento. No caso da internação involuntária, a própria família pode solicitar a interrupção do tratamento.
Já na compulsória, um laudo médico deve ser enviado ao juiz e cabe a ele decidir.
Vale destacar que o juiz vai avaliar também as condições da clínica de recuperação, a fim de verificar se o paciente estará protegido e receberá o tratamento adequado.
Apesar de não haver cura para a dependência química, os tratamentos hoje em dia permitem seu controle, propiciando ao paciente uma vida normal.
Qual é o momento de pedir a internação involuntária?
Outra dúvida frequente é em relação ao momento em que o
procedimento para internação involuntária deve ser requerido.
É normal as pessoas se sentirem meio que impotentes quando enfrentam um problema de dependência e muitas vezes, acabam demorando para pedir ajuda.
No entanto, a tendência é só agravar o quadro, tornando o dependente mais exposto à complicações graves.
Apesar da busca voluntária por tratamento seja o ideal, nem sempre acontece, já que normalmente a pessoa não admite que tem uma doença e nem consciência dos riscos que corre.
Portanto, se você perceber que a situação está crítica, sem dúvida, esse é o momento de já pensar em agir e iniciar o
procedimento para internação involuntária.
Diante no nível de gravidade da dependência, a pessoa não tem mais capacidade de tomada de decisão, e o papel da família ou responsável legal é decidir o que é melhor para a pessoa dependente.
Conclusão
O
procedimento para internação involuntária é uma decisão que requer muita reflexão, particularmente por se tratar de uma internação contra a vontade do paciente.
Entretanto, quando a situação saiu do controle, já se tentou outros tratamentos e a integridade física da pessoa está em risco, é a melhor solução.
Embora seja uma decisão, digamos assim, mais agressiva, saiba que é a única maneira de evitar maiores danos, inclusive, a morte.
Por fim, é importante lembrar que o procedimento para internação involuntária deve seguir alguns requisitos, e escolher uma clínica de recuperação habilitada faz toda a diferença no processo de reabilitação!