Cocaína na Gravidez

Se você está grávida ou conhece alguém, é importante ter em mente que o uso de cocaína na gravidez pode trazer consequências graves para a mãe e o bebê.

É importante saber que as substâncias consumidas atravessam rapidamente a placenta e mesmo a barreira que isola e protege o cérebro do bebê.

No caso específico da cocaína na gravidez, há um risco de descolamento de placenta, aborto, complicações cardiovasculares, entre outros problemas.

Portanto, todas as gestantes que fazem uso de cocaína ou outra droga devem parar de usar e conversar abertamente com seu médico no caso de uma dependência.

Para tirar todas as suas dúvidas sobre as consequências do uso de cocaína durante a gravidez, continue a leitura e entenda!

Quais as consequências do uso de cocaína na gravidez?

O uso de cocaína na gravidez pode ter sérias consequências para a saúde da mãe e do bebê.

Confira algumas das consequências possíveis:

  • Aborto espontâneo: O uso de cocaína durante a gravidez aumenta o risco de aborto espontâneo;
  • Parto prematuro: A cocaína pode causar contrações uterinas, o que pode levar ao parto prematuro;
  • Baixo peso ao nascer: Bebês expostos à cocaína no decorrer da gravidez podem nascer com baixo peso;
  • Anomalias congênitas: O uso de cocaína na gravidez eleva o risco de defeitos congênitos, como cardíacos e cerebrais;
  • Síndrome da abstinência neonatal: bebês expostos à cocaína durante a gravidez podem desenvolver síndrome da abstinência neonatal, o que pode causar problemas de saúde, como dificuldade para se alimentar, problemas de sono e irritabilidade;
  • Problemas de comportamento e aprendizagem: pode surgir a longo prazo problemas de comportamento e aprendizagem em crianças quando há a exposição à droga durante a gravidez;
  • Problemas mentais e emocionais: bebês expostos à cocaína na gravidez podem apresentar problemas mentais e emocionais mais tarde na vida, como transtornos de ansiedade e depressão.

Portanto, é importante lembrar que o uso de qualquer tipo de droga durante a gravidez é perigoso, e deve ser evitado a qualquer custo.

Se você estiver grávida ou conhecer outra gestante que esteja usando cocaína, é necessário procurar ajuda para parar de usar a fim de garantir a saúde da mãe e do bebê.

Quais os efeitos da cocaína?

É importante também conhecer os efeitos do uso cocaína na gravidez, cujo consumo se diferencia em três etapas.

A primeira, chamada de “rush”, corresponde à etapa de grande alegria. Já a segunda, conhecida por “high” é aquela que proporciona um bem-estar imenso, de prazer extremo.

Enfim, a terceira etapa, ou “crash”, é quando os sentimentos agradáveis desaparecem e a pessoa se sente deprimida.

Quando a pessoa consome cocaína, ela sente os primeiros efeitos, como um entusiasmo, autoconfiança e uma insensibilidade à fadiga.

No entanto, ela pode ter dificuldades para dormir, se sentir irritada, ter menos apetite, bem como apresentar taquicardia, sensação de boca seca, vontade de vomitar..

Quando há o uso repetido, o indivíduo pode se tornar dependente e então as consequências começam a surgir.

Além disso, problemas profissionais e sociais são visíveis, como falta de responsabilidade no trabalho, conflitos familiares e problemas financeiros, e assim, procurar novamente a droga para obter os mesmos efeitos.

Por fim, com a repetição do uso, surge a tolerância, e assim a dependência.

O que é abstinência neonatal?

Como você viu acima, o uso de cocaína na gravidez pode levar à abstinência neonatal, que é caracterizada por um conjunto de sintomas que se manifestam nos bebês de mães que consumiram drogas antes do seu nascimento.

Para que você entenda na prática o que é uma abstinência neonatal, aqui vai um relato de um caso que vivenciei durante o meu estágio de enfermagem em uma maternidade:

“Já sabíamos que a mãe era dependente de drogas, logo, toda a equipe estava preparada para tomar todos os cuidados com o bebê.

Após 48 horas do nascimento, o bebê começou a ficar muito agitado, apresentar tremores, chorava sem parar e tinha um reflexo de sucção exagerado. Isso durou cerca de 5 dias.

Nesses momentos, reduzimos os estímulos visuais e auditivos, pois isso acalmava o bebê. Além disso, o contato pele com pele com a mãe também ajudava bastante, mas não era muito fácil para a mãe.

Passados sete dias, o bebê não apresentava mais os sintomas, no entanto, como a mãe estava sofrendo ainda de abstinência, após a alta, a recomendação foi que tanto a criança quanto a mãe ficassem sob os cuidados de familiares.

Felizmente, essa mãe abandonou o vício e pode cuidar do seu filho, mas muitas delas acabam deixando seus filhos com familiares e voltando a usar a cocaína”.

Vale frisar que muitas mulheres dependentes só se dão conta que estão grávidas em torno do 4º ou 5º mês, onde o feto já foi exposto à droga.

O ideal é que assim que a gravidez for confirmada é a interrupção do uso da droga, pois isso minimiza um pouco os seus efeitos negativos no desenvolvimento do bebê.

Como ajudar uma grávida dependente química?

Se você conhece uma mulher que faz uso de cocaína na gravidez, tenha em mente que pode ser um desafio no momento de oferecer ajuda.

No entanto, existem várias opções de tratamento disponíveis.

O primeiro passo é encorajar a pessoa a procurar ajuda, seja por meio de um médico, um terapeuta ou até um programa de reabilitação em uma clínica de recuperação sp.

Além disso, é importante fornecer suporte emocional e motivar a pessoa a seguir o tratamento recomendado.

É recomendado que a gestante seja tratada em um programa específico para mulheres grávidas, pois elas levam em conta as necessidades específicas das gestantes, assim como dos bebês.

Isso porque, o tratamento para dependentes que fazem uso de cocaína na gravidez é diferenciado, uma vez que alguns medicamentos são proibidos, muito em razão do bebê.

É essencial que ela receba um acompanhamento especializado, principalmente em termos psicológicos, particularmente nos casos em que esse bebê não foi desejado.

Conclusão

Realmente o uso de cocaína na gravidez traz consequências graves para a mãe e para o bebê.

Por isso, é necessário que essa mulher abandone o mais rapidamente a droga e inicie o quanto antes o tratamento, caso contrário, há um risco grande de aborto, parto prematuro e até mesmo a morte súbita do bebê.

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