Causas do TOC

As causas do TOC são múltiplas, envolvendo fatores genéticos, biológicos e ambientais. É um transtorno que se traduz por comportamentos repetidos e irracionais, verdadeiros rituais, os quais não proporcionam nenhum prazer à pessoa. Na verdade, a maioria das pessoas está sujeita a esse tipo de sintomas, por exemplo, a superstição de não passar debaixo de uma escada. No entanto, falamos de TOC quando começa a afetar suas atividades diárias, seu trabalho, ou seja, sua vida como um todo. Se você convive com alguém com transtorno obsessivo compulsivo, provavelmente já se perguntou quais as causas do TOC e como lidar com essa situação. Portanto, continue a leitura e descubra a resposta para essas e outras questões!

Quais as causas do TOC?

Para entender as causas do TOC, saiba que a doença começa geralmente na infância e o problema se concretiza na adolescência ou no início da idade adulta. No entanto, as causas dos transtornos obsessivos compulsivos não são determinadas 100%, mas alguns estudos científicos mostram as seguintes possíveis causas do TOC:
  • Fatores familiares: se os pais tiveram TOC, após um trauma, uma separação (divórcio, luto…);
  • Origem genética: diversos genes podem causar o TOC, particularmente o COMT;
  • Disfunção neurobiológica: principalmente ao nível dos neurotransmissores serotonina, dopamina e vasopressina;
  • Disfunção local do cérebro: ligado aos neurotransmissores citados acima.
Além disso, o estresse e fatores psicológicos acentuam o transtorno.

Como reconhecer um transtorno obsessivo compulsivo?

Tendo uma ideia das causas do TOC, é importante também aprender a reconhecer um transtorno obsessivo compulsivo. Então, o TOC se caracteriza pela presença de obsessões e/ou compulsões. As pessoas que sofrem podem apresentar pensamentos recorrentes e angustiantes, que são as obsessões. Por exemplo, sobre a limpeza, ordem, simetria, medo de cometer um erro, um ato violento ou ainda um sentimento excessivo de responsabilidade em relação à outra pessoa. Para prevenir ou reduzir sua ansiedade, as pessoas efetuam gestos ou atos mentais repetidos, que são as compulsões, como rituais de limpeza, de organização ou de verificação. Contudo, as pessoas que sofrem de TOC têm consciência que suas obsessões têm origem na sua própria atividade mental, no entanto, é uma doença que afeta seu dia a dia, que pode impedi-la de ter uma vida social ou profissional normal. Por fim, cerca da metade das pessoas com TOC sofre de uma outra doença psiquiátrica, principalmente transtornos de humor, de ansiedade e transtornos alimentares. Por outro lado, o abuso ou dependência ao álcool são mais frequentemente observados nesses pacientes, sendo necessário um tratamento mais direcionado, de preferência em uma clínica de recuperação sp. Isso porque, contam com uma equipe multidisciplinar preparada para tratar tanto o transtorno obsessivo compulsivo quanto a dependência.

Como diagnosticar e avaliar a gravidade do TOC?

O diagnóstico do TOC é clínico, que pode ser feito por um psicólogo ou psiquiatra, sendo baseado em critérios internacionais bem definidos. A gravidade do transtorno pode ser avaliada de acordo com determinadas escalas, por exemplo, Yale-Brown. Essas escalas levam em consideração a duração diária das obsessões e compulsões e a ansiedade relacionada, a vontade e a capacidade do paciente de resistir às obsessões e compulsões. Uma avaliação dos sintomas da depressão e da ansiedade também é proposta em complemento, assim como uma avaliação psicológica global que permita detectar as causas do TOC ou outros transtornos mentais.

Quais tratamentos para quem tem TOC?

Tendo em mente todas as possíveis causas do TOC, saiba que o TOC é uma patologia crônica que não se cura sozinha e deve ser acompanhada por profissionais especialistas. Os tratamentos disponíveis têm por objetivo reduzir os sintomas, para que o paciente volte a ter uma vida a mais normal possível. Para explicar mais detalhadamente um dos tratamentos, que é a TCC, terapia comportamental-cognitiva, aqui vai um relato do tratamento feito pelo meu filho, que na época tinha 18 anos: “Meu filho foi diagnosticado com TOC quando tinha 17 anos, mas acreditei que pudesse ser curado sozinho, mas os sintomas foram se acentuando cada vez mais, principalmente aqueles relacionados à organização e verificação se todas as portas e janelas estavam fechadas. Foi nesse momento que procurei ajuda psicológica e ele começou a terapia, que tinha como objetivo agir diretamente nos comportamentos problemáticos, buscando modificar os pensamentos e emoções associados ao TOC. Meu filho aprendeu a encarar as situações sem efetuar os rituais e hoje, vive uma vida perfeitamente normal”. Além da TCC, outro tratamento para o TOC é o uso de medicamentos, porém, em casos mais graves. São medicamentos que agem nos sintomas, o que permite iniciar em seguida uma terapia cognitiva e comportamental. Essa solução é também utilizada para diminuir a forte ansiedade, que às vezes pode dificultar a terapia.

Como ajudar uma pessoa com TOC?

Agora que você tem uma noção melhor sobre as causas do TOC, saiba que as pessoas próximas devem se mostrar compreensivas, empáticas e demonstrar apoio. Isso porque, quem está à volta de uma pessoa que sofre de TOC tem um papel muito importante. A raiva e o ressentimento só irão piorar o transtorno obsessivo compulsivo, sendo importante não “zombar” dos comportamentos da pessoa, mesmo se parecerem totalmente absurdos. É inútil impedi-la de realizar seus rituais, e o melhor a se fazer é convencer a pessoa a fazer uma terapia e dependendo do caso, até o uso de medicamentos. Obviamente que a vida com uma pessoa com TOC é às vezes muito difícil e angustiante, mas é necessário ter em mente que ela não está nessa situação porque quer, é algo incontrolável. Uma dica é procurar conversar com especialistas e até participar de grupos de apoio, que oferecem suporte às pessoas e às famílias afetadas por esse transtorno de ansiedade.

Conclusão

As causas do TOC são um conjunto de fatores, e por mais que possa ser complicado conviver com pessoas com transtorno obsessivo compulsivo, é de extrema importância procurar entender e não julgar. Tenha em mente que a pessoa sofre bastante, principalmente por não conseguir ter controle sobre a situação. Mas a boa notícia é que os tratamentos são bastante eficazes e permitem com que a pessoa tenha de volta a sua vida!

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