Quem convive com um familiar dependente químico, sempre se faz essa pergunta: quando é indicada uma internação?
Infelizmente, ainda existe muito tabu no que concerne uma internação em uma clínica de recuperação, no entanto, muitas vezes é a melhor solução.
Existem situações em que o usuário não tem mais controle sobre sua vida e perde a sua capacidade de julgamento, e a fim de evitar maiores danos à sua saúde física e mental, a internação torna-se necessária.
Portanto, se você está passando por uma situação de dependência e está em dúvida quando é indicada uma internação, continue a leitura e confira!
Dependência química: quando é indicada uma internação?
Se a sua pergunta refere-se a quando é indicada uma internação no caso de uma dependência química, saiba que é geralmente indicada quando os tratamentos ambulatoriais não têm sido eficazes.
Ou quando o paciente apresenta riscos para si mesmo ou para os outros devido à sua dependência.
Alguns exemplos de situações que podem levar à internação incluem:
- Uso excessivo de drogas;
- Abstinência severa;
- Comportamento suicida ou agressivo;
- Incapacidade de cuidar de si mesmo.
Vale ressaltar que a decisão de internar um paciente deve ser feita por um profissional de saúde com experiência no tratamento da dependência química.
Quais as vantagens de uma internação em uma clínica de recuperação?
Tendo em vista quando é indicada uma internação, quais as vantagens de recorrer a uma clínica de recuperação para dependentes químicos?
As principais vantagens são de que se trata de um espaço que oferece serviços de acolhimento, avaliação médica e psicológica, desintoxicação, readaptação e reinserção social.
Além disso, a internação não é só direcionada para tratar o dependente, mas também dar suporte à sua família, que tem um papel fundamental no processo de reabilitação.
É importante mencionar aqui que há um risco associado à interrupção do uso da substância, que depende do estado físico e psíquico de um indivíduo, da natureza da substância consumida, o modo de consumo, bem como a sua condição social.
Em função dessas variáveis, a desintoxicação é vivida diferentemente de uma pessoa à outra.
Justamente por isso que quando é indicada uma internação é sobretudo para ajudar o paciente nesse momento de abstinência, sendo um tratamento individualizado com base nas suas necessidades.
Veja, a seguir, as principais vantagens de internação em uma clínica de recuperação sp:
Ambiente controlado
É um ambiente seguro e controlado onde os pacientes estão longe das tentações e distrações do mundo exterior.
Acompanhamento médico constante
Os pacientes recebem tratamento médico e psiquiátrico constante durante a internação, o que pode incluir medicação para ajudar a lidar com os sintomas de abstinência e outros problemas de saúde relacionados à dependência.
Terapia em grupo e individual
Geralmente são oferecidas terapias em grupo e individuais, que ajudam os pacientes a compreender e lidar com os problemas subjacentes à sua dependência.
Acompanhamento após a alta
Após a alta, o paciente recebe todo o suporte, seja por meio de terapias, bem como acompanhamento médico, para ajudar os pacientes a se manterem abstinentes.
Treinamento e habilidades para a vida
A clínica de recuperação também pode oferecer aulas e treinamentos para ajudar os pacientes a desenvolverem habilidades para lidar com a vida cotidiana, e prepará-los para voltar ao trabalho e à sociedade.
Como é o tratamento?
Uma vez que a decisão de quando é indicada uma internação é a melhor opção, é importante saber como ocorre o tratamento.
Para você entender como funciona na prática, veja o relato de um profissional de saúde que atendeu um dependente que acabou de se internar:
“Quando um paciente é admitido em uma clínica de recuperação, ele é avaliado como um todo, ou seja, sua saúde física e psicológica.
Em um primeiro momento, é avaliada a natureza do seu consumo e a necessidade de um tratamento medicamentoso para ajudá-lo na abstinência.
Depois, é necessário verificar sua condição física, incluindo todos os problemas de saúde associados, assim como medicamentos que faz uso.
Também são avaliados seus problemas comportamentais e emocionais, sua capacidade de expressar seus sentimentos, como depressão, raiva, ou mesmo a ausência de sentimentos.
Agora é o momento da dinâmica da mudança da pessoa, e sua motivação em seguir o tratamento.
Chegou o momento em que o paciente tem consciência do seu problema de dependência e aprender estratégias para lidar com recaídas.
Por fim, é a hora de procurar saber sobre a rede de apoio do paciente, já que é essencial no seu processo de recuperação, além de aprender a como ocupar seu tempo e enfim, poder se readaptar à sociedade”.
Esse é só um exemplo de como ocorre um tratamento para dependência química e, novamente, é um tratamento personalizado e direcionado para as necessidades de cada paciente.
Quanto tempo dura a internação?
Partindo do princípio dos casos quando é indicada uma internação, quanto tempo dura esse processo?
Na verdade, o tempo de internação varia de pessoa para pessoa, sendo que o processo de desintoxicação combina uma intervenção médica para eliminar de forma segura as substâncias psicoativas com uma abordagem psicossocial.
Sendo assim, a duração e intensidade da abstinência representam um determinante no tempo de internação.
Por exemplo, um protocolo clínico de desintoxicação de álcool prescreve geralmente um tratamento de até 7 dias, que varia conforme o grau da dependência.
É válido saber que a escolha do tipo de desintoxicação é antes de tudo baseada nas necessidades clínicas da pessoa.
Na verdade, o tempo de internação é determinado pela equipe multidisciplinar, a partir da evolução do tratamento de cada paciente.
Mas, mesmo após receber alta, o paciente continua com acompanhamento médico e psicológico.
Conclusão
Com tudo o que você viu aqui sobre quando é indicada uma internação, saiba que em determinadas situações, particularmente quando a sua vida ou a de terceiros está em perigo, é a melhor escolha.
Mas caso você ainda esteja em dúvida de que é o melhor a fazer, a dica é conversar com profissionais especialistas em dependência, a fim de obter as orientações e como agir no caso em que a pessoa não cogita a ideia de internação.